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quarta-feira, junho 08, 2011

ANÁLISE SINTÁTICA: TIPOS DE SUJEITOS


INSTRUMENTAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA II

ANÁLISE SINTÁTICA: TIPOS DE SUJEITOS



Constituição do sujeito:

Se o sujeito é o ser sobre o qual fazemos uma declaração deve,
evidentemente, ser constituído de um substantivo. Não é necessário, no
entanto, que o núcleo do sujeito seja um substantivo propriamente dito; basta
que seja constituído de um substantivo virtual, isto é, de uma palavra, locução
ou oração com força de substantivo.

Dessa forma, além do substantivo essencial, pode o núcleo do sujeito
ser expresso por:

1. Uma palavra substantivada.


Mas é uma conjunção coordenativa adversativa.

O não é um advérbio de negação.

Rir é o melhor remédio.

O impossível acontece.



2. Uma locução substantivada.


Independência ou Morte! Foi o grito do Ipiranga.

Saber para servir foi o lema escolhido pelos formandos.



3. Um pronome.


Tú não te preocupas com o futuro?

Tudo anda muito bem.

Quem está aí?

Isto é uma maravilha?



4. Uma oração


Convém que estudes informática.

É bom que voltes mais vezes.



5. Um numeral.


Apenas dez conseguiram aprovação.

Somente três permaneceram sentados.



Classificação do sujeito:



1. SIMPLES: aquele que possui um só núcleo.




O jovem empresário inovou o negócio. (núcleo no singular)

Três quadros de Picasso enriquecem a composição. (núcleo no plural)




Consideramos simples também o sujeito constituído de dois
substantivos sinônimos que, coordenados, mantém o verbo no singular.

A Botânica ou a Fitologia estuda a variedade das plantas.





2. COMPOSTO: aquele que apresenta dois ou mais núcleos.




O ouro e as riquezas são as principais causas das guerras.

No restaurante são proibidos cigarro, cachimbo e charuto.





3. INDETERMINADO: aquele que não aparece expresso, nem é
determinado ou especificado objetivamente, porque não queremos ou
porque não achamos necessário.




Com verbos na 3ª pessoa do plural:



Dizem que o ladrão foi preso.

Contam mentiras por aí.



Com verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado da partícula SE, que
denota a indeterminação do sujeito.



Fala-se à boca pequena que...

Precisa-se de bons administradores.

Vive-se bem neste condomínio.



OBS.: Não confundir com sujeito subentendido. Exemplo:



Encontrei a solução. (Quem é que encontrou a solução? Resposta: EU, logo o
sujeito é simples e está subentendido pela conjugação verbal).



ORAÇÃO SEM SUJEITO



Há casos em que a oração não tem sujeito. Isso ocorre com certos
verbos chamados impessoais, porque se apresentam só na 3ª pessoa do
singular.

a) Verbos que denotam fenômenos atmosféricos, próprios da natureza:


Amanhece cedo no verão.

Em certos lugares, choveu sem parar.



Mas, em sentido figurado (conotativo), tais verbos passam a ter sujeito e
viram verbos pessoais, como podemos ver:



Choveram pérolas no ENEM.

Seus olhos trovejaram de felicidade.

O instrutor trovejava ordens sobre os recrutas.




b) Verbo haver significando existir ou ocorrer (a palavra que se segue a
este verbo desempenha a função de objeto direto). Nesses casos, o
verbo haver estará sempre no singurar.




Havia fartura em todos os lugares. (= Existia fartura)

Há ofertas para todos os gostos (= Existem ofertas)



c) Verbos haver e fazer, indicando tempo decorrido. Sempre usados no
singular.


Há meses que espero pela vaga.

Faz duas horas que o despertador tocou.

Faz dez anos que namoramos.



OUTRAS REGRAS GRAMATICAIS RELACIONADAS À
IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO



COLOCAÇÃO DE VÍRGULA



NÃO SEPARE O SUJEITO DO SEU VERBO
CORRESPONDENTE POR VÍRGULAS



CONCORDÂNCIA VERBAL



É NA IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO QUE SE APLICA A
REGRA DA CONCORDÂNCIA VERBAL, POIS, COM EXCEÇÃO
DOS VERBOS DE LIGAÇÃO, O VERBO SEMPRE CONCORDA
EM PESSOA E NÚMERO COM O SUJEITO. EXEMPLOS:



O jovem empresário inovou o negócio.

Três quadros de Picasso enriquecem a exposição.



O ouro e a ganância são as principais causas da guerra.



Vive-se bem naquele condomínio. (sujeito indeterminado, verbo
impessoal, não varia para plural)



Havia ofertas para todos os gostos. (oração sem sujeito, verbo
impessoal com sentido de existir, não varia para plural)

Faz sei anos que moro aqui. (idem)

Chega de críticas infundadas. (idem)




EXERCÍCIOS:



1. Faça a classificação dos sujeitos, completando o quadro.


Oração

Sujeito

Núcleo

Classificação

“A morte e o jogo nivelam todas as
classes.” Samuel Foote









Pelas ruas da cidade, corria o vento frio de
agosto.







Nóbrega e Anchieta salvaram Piratininga
do assalto indígena.







O que e o se são pequenas palavras de
muitas funções.







Aprender é mudar.









A incerteza, o despeito, o receio pintavam-
se nos rostos de muitos.







Parece que a situação melhorou.









Parece que a situação melhorou.









“Paz e amor” era seu lema predileto.









Cobriam a lauta mesa caviar, carne de
faisão, uvas especiais e tâmaras.









Botaram o bloco na rua aqueles sambistas
inveterados.













2. Diga se o sujeito das orações seguintes é: subentendido, indeterminado ou se a oração é
sem sujeito:


Oração

Classificação

À noite, choveu torrencialmente.





Luta-se por mais justiça no mundo.





Não há grandeza sem esforço.





Precisa-se de bens mecânicos.





Fomos sorteados na última Loto.





Alguém bateu à porta.





Nunca se assistiu a um filme tão
emocionante.



Nunca se assistiu a um filme tão
emocionante.



Era alta noite.





Sombras espessas cobriam as margens
daquele rio.



Estão cortando árvores demais.
















3. Transforme o sujeito indeterminado em sujeito simples subentendido. Siga o
modelo:




1. Picharam o muro da Av. da Praia. (Eu) Pichei o muro da Av. da Praia.




2. Lançaram cartazes de combate à dengue.




3. Optou-se pelo sistema simples na declaração de imposto de renda.




4. Precisa-se de corretores de imóveis.




5. Naquela roda, só se falava de futebol.




6. Hoje em dia, lê-se muito pouco.







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