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quinta-feira, junho 09, 2011

RESUMOS CIENTÍFICOS

SOUZA, Lusinete Vasconcelos. Gêneros jornalísticos no letramento escolar inicial. In: DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria A. (orgs.) Gêneros textuais & ensino. 5.ed. São Paulo: Parábola editorial, 2010, p. 63 – 79.

RESUMO

Este estudo discute a possibilidade da produção de textos de opinião por crianças em fase inicial de letramento, utilizando-se os gêneros jornalísticos como disparadores dessa produção. Trata-se de um  recorte da tese de doutorado da autora que acompanhou o desenvolvimento longitudinal de crianças da pré-escola à primeira série do ensino fundamental. Fundamenta-se nos seguintes pressupostos teóricos: 1. em relação à linguagem, na abordagem enunciativo-discursiva de Bakhtin, que dá ênfase ao processo de interação verbal e ao enunciado (dialogia e polifonia); estabelecendo relação com o conceito de “internalização da polifonia” e as zonas de desenvolvimento proximal (ZDP) de Vygotsky; 2. no interacionismo sociodiscursivo (discurso interativo e discurso teórico) de Bronckart; 3. nos conceitos de justificação e negociação, de Golder. A experiência didática foi realizada no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação, da Universidade  de Goiás. Participaram quarenta crianças de cinco e meio a sete anos de idade, bastante heterogêneas, tanto no nível social, quanto no nível de conhecimento sobre leitura e escrita. Como sequência das atividades realizadas, o trabalho teve início com didáticas planejadas e organizadas em torno de uma unidade temática. Buscou-se, então, interrelacionar os conhecimentos, no gênero social afetivo e específico de produção de textos, leitura e interpretação, a partir da leitura pelo professor, em rodas de discussão com os alunos, de diversos gêneros jornalísticos. O recorte deste artigo analisa, em especial, os resultados sobre as produções consecutivas de uma criança, denominada Lu, apontando seus avanços na produção do texto argumentativo. Como conclusão, a autora propõe algumas sugestões didáticas para os professores que trabalham com letramento inicial. Demonstra que o jornal constitui excelente material didático para o ensino de leitura e produção de textos em geral, e, em especial, para os gêneros do expor ao argumentar, superando a tendência de apenas utilizar-se gêneros da tipologia narrativa para crianças na fase escolar inicial.
Palavras-chave: gêneros jornalísticos, gêneros argumentativos, letramento inicial.




DIONÍSIO, Ângela Paiva. Verbetes: um gênero além do dicionário. In: DIONÍSIO Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs.). Gêneros Textuais e Ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010, p. 135-148.

RESUMO

Este artigo investiga a utilização do gênero textual verbete na mídia escrita. Tem por objetivo sugerir ao leitor a possibilidade do uso do gênero verbete, no formato enciclopédico, em salas de aula, conforme os modelos utilizados pelas revistas analisadas pela autora. Fundamenta-se teoricamente em: 1. Hoey, que caracteriza dicionários, enciclopédias, glossários como colônias discursivas, comparando-as a colméias, em que os verbetes seriam as abelhas moradoras dessa colméia. 2. Em Marcushi, no que se refere à definição de gênero textual não estar embasada nos aspectos estruturais ou linguísticos, afirmando que, no caso do gênero verbete, a forma e função estão essencialmente inter-relacionadas e sinalizam para a identificação desse gênero.  3. Em Garcia, para explicar a inter-relação entre signos lingüísticos isolados e conceitos mentais, tais como: construções denotativas e conotativas. 4. No estudo de Bezerra sobre palavras cruzadas que compara várias terminologias para a classificação das definições e sintetiza as posturas teóricas. 5. Em Alves que, ao analisar uma aula universitária, identifica que um dicionário possui, igualmente, um discurso pedagógico, com os seguintes tipos de definição: sinonímica, analítica ou lógica, sintética e denotativa. 6. Em Kleiman e Morais que afirmam que conhecer o sentido de um texto é, necessariamente, ter conhecimento intertextual e relacionam a leitura com a disposição de mosaicos. A autora passa, então, a analisar o uso de verbetes como seções em diversas revistas, destacando 4 matérias jornalísticas em que o uso de verbete exerce função discursiva preponderante na construção dos textos, são elas: a) Escolha sua TV (Veja, 13/02/2002), que apresenta um pequeno glossário para ver televisão; b) A inicial do gato e o amor (Todateen, 12/2001), que para cada letra do alfabeto inicial do nome do rapaz descreve uma série de traços comportamentais; c) É a mãe! (SuperInteresante,12/2001), que consiste de quatro parágrafos sobre o ato de insultar, definindo termos como idiota, cretino etc; d) Quais os trajes típicos dos países islâmicos e o que representam? (SuperInteresante,12/2001) traz 10 verbetes em que se relacionam as definições e representação gráfica dos tipos de roupa. Por fim, ao relacionar verbete e ensino, a autora apresenta como sugestões: pensar sobre a utilização de verbetes, de natureza enciclopédica, no processo de ensino-aprendizagem; focalizando a inter-relação entre as estratégias de leitura e produção textual. Conclui, sintetizando que a escrita de verbetes pode se configurar como uma estratégia de compreensão de leitura, uma vez que caberá ao aluno/autor a transposição do conteúdo de um outro texto-base para o gênero verbete,

Palavras-chave: Verbete, mídia escrita, ensino-aprendizagem

UNISANTOS-Universidade Católica de Santos
Curso: Pedagogia-PARFOR
Disciplina: Instrumentação da Língua Portuguesa II
Alunas: Claudionete Maria Lopes e Sandra Moura
Professora: Rosana Aparecida Ferreira Pontes
Regime: Semestral-2º semestre 2011/Período:Tarde



Universidade Católica de Santos
Claudia Sabino Marques
Sara Maria José da Silva


neros Textuais: Definição e Funcionalidade

Luíz Antônio Marcuchi


RESUMO

Este artigo caracteriza-se como uma pesquisa de base teórico-metodológica. Tem por objetivo mostrar e analisar os diversos gêneros textuais relacionados aos meios de comunicação, apontando-os como aspectos de interesse para o trabalho em sala de aula. O autor se fundamenta em Bakhtin e Bronckart para a caracterização de gêneros textuais. No que se refere à diferenciação entre tipologia e gêneros textuais, apóia-se teoricamente em Douglas Biber, John Swales, Jean-Michel Adam, Jean-Paul Bronckart, identificando cinco categorias de tipos textuais: descrição, narração, injunção argumentação, exposição. Primeiramente, Marcuschi apresenta os gêneros textuais como práticas sócio-históricas, definindo-os como entidades sociodiscursivas. São exemplos de gêneros textuais: conversas, cartas, relatórios, contos, romance, receitas, bulas, manuais, bilhetes, artigos científicos, reportagens, discursos de políticos e mais uma quantidade ilimitada de gêneros que adaptamos dia a dia, conforme nossas necessidades de comunicação. Na sequência, argumenta que existem novos gêneros, mas, com velhas bases, por exemplo, o atual e.mail tem por base a antiga carta. No próximo tópico, define tipos textuais como espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição, já o gênero textual se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo. O autor apresenta como conclusão que o trabalho com gêneros será uma forma de dar conta do ensino dentro de um dos vetores da proposta oficial dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que insiste nessa perspectiva.

Palavras-chave: gênero textual, tipo textual, ensino.

 

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