Como nosso cérebro lê?
Descubra como vemos as formas, percebemos os movimentos e distinguimos as cores neste artigo da neurocientista Simone Bittencourt
Por Simone Bittencourt*
Qual o mecanismo de interpretação utilizado por nossa mente para conseguir ler e compreender um texto?
“De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em
qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a
piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol
bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo”
Essa é a versão em português da frase contida numa tese de doutorado defendida na Universidade de Nottinghan na Inglaterra, na qual o pesquisador sugere que o cérebro é flexível no processamento da leitura e, assim, não precisa da ordem das letras nas palavras para que haja compreensão do texto, só importando a ordem da primeira e última letra de cada palavra. Todavia, não parece ser totalmente verdade se o contexto não for familiar ou a maioria das palavras tiver 8 letras ou mais.
Abaixo está um texto que construí com base na mesma técnica de letras aleatórias dispostas no meio das palavras:
Snietlao que a ntsialarepuocdide é um fônnmeeo itaesstnerne e iuensátoivnqel, cumonteme euddsato no detmnarteapo de nsoglooifirieua, odne iamcsestntnenee pssuqoaiems fmoôneens ismpncieovírenes, mas de eraándxtrioiro iamctpo madniul.
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Nossa!!! Deu tilt agora!!! |
A propósito, a frase acima grafada de maneira correta seria:
Saliento que a neuroplasticidade é um fenômeno interessante e inquestionável, comumente estudado no departamento de neurofisiologia, onde incessantemente pesquisamos fenômenos incompreensíveis, mas de extraordinário impacto mundial.
* Simone Bittencourt é doutora em neurofisiologia e pesquisadora do departamento de fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Línguaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa....
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José Augusto aos 3 meses... |
João Victor aos 5 meses... |
Não tindi nada...
como o cérebro é complicaaaaaaado...
rsrsrs...
José Augusto aos 2 meses... |