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quinta-feira, setembro 16, 2010

Narrativa Autobiográfica: Memórias de Minhas Primeiras Leituras.



  
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Curso de Pedagogia – PARFOR – Turma I.
Instrumentação da Língua Portuguesa I – 1° semestre – Período vespertino.
Professora Rosana Pontes
Santos, 23 de Setembro de 2010.
PRISCILA DE ABREU SALINAS

INSTRUMENTAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA I

Autobiografia: Lembranças de minhas Primeiras Leituras


João Victor explorando o livro de uma grande
amiga na data do seu lançamento.

Venho de uma família de professores em que a leitura sempre fez parte da minha vida. Confesso que mais na infância do que na vida adulta, pois apesar de gostar muito de ler pouco tenho lido ultimamente.
Minha predileção sempre foi por gibis, vício esse alimentado semanalmente por minha amada tia materna professora de Língua Portuguesa. Da mesma maneira que ela sempre presenteou com gibis eu e meus dois irmãos, ela aguçava nossas mentes com cruzadinhas e criptogramas, fora os famosos “Colorir” de todas as mais diversas formas.
Meu primeiro ouvinte foi meu irmão quatro anos mais novo, curioso que só, ficava “lendo” imagens por sobre meus ombros, e ali aprendi a contar histórias, entonar a voz e encenar com gestos e caretas as curtas e engraçadas HQs.
Não apenas a gibis se resumem minhas primeiras leituras, sempre adorei livros paradidáticos e mesmo os textos dos livros didáticos, que sobravam nas estantes da minha casa e de minha tia. De olhar as capas e as séries já sabia onde encontrar minhas histórias favoritas, cheias de onomatopéias que faziam meu pequeno irmão rir da palhaça aqui.
Lembro especialmente de um texto didático entitulado “As Férias do ‘NÃO’” – onde a palavrinha “não”, cansada de ser pronunciada por todas as mães e o tempo todo resolve tirar férias e as crianças podiam fazer tudo o que queriam, até tomar banho de banheira com a tartaruga – a preferida do meu irmão. As mães não achavam o danado do “não” para colocar na frente do “pode”. O paradidático “A Operação do Tio Onofre” – onde a menina nomeia todos os objetos e móveis com nome de gente e o tal do Tio Onofre é o cofre que está sendo roubado. Este cheguei a ler para meus alunos de três e quatro anos que adoraram a ideia de dar nome de gente para as coisas.
Aos fins de semana, quando íamos dormir na casa da vovó lá estava minha tia pronta pra contar histórias bíblicas com o velho flanelógrafo e toda a disposição que só a tia da gente tem pra ler e reler, quantas vezes e quantas histórias a gente escolhesse.

Minha amada Tia Ana, minha prima, eu e o meu cão e minha irmã Giselle, mãe dos meus tesouros.


Meu pequeno leitor...
Hoje procuro passar essa tradição adiante, desde que meu primeiro sobrinho tinha cinco meses a tia Pri conta histórias para ele. Desde o primeiro livro de banho, a bíblia ilustrada dos pequenos, os dedoches, os livros “pop-up” e até mesmo os livros musicados e cheios de barulhinhos divertidos. O pequeno adora livros e aos dois anos já diferencia letras e números pela imagem e “finge” ler ou contar de acordo com o que foi visualizado, mesmo no “javanês” dele, pois a língua materna a mãe, tias e avós ainda entendem. Na dele, nem ele mesmo, mas o incentivo é a base de tudo e assim eu cresci e, da mesma forma que lia para meu irmão, o faço para meus alunos e sobrinhos.
Espero cumprir na vida deles o mesmo papel que a tia Ana exerceu na minha vida, o de construtora de sonhos, pois ler é uma aventura e ouvir histórias é uma incrível viagem na imensidão sem fim que é a imaginação dos pequenos.


José Augusto nas minhas mãos aos 14 dias de vida.

Priscila de Abreu Salinas
23/ 09 / 2010 às 07 h. e 21min.
Pri,

Lindo texto! Você escreve muito bem.
Corrigi pontuação. Evite frases muito longas. Verifique como reformulei a pontuação.
Use “onde” apenas para se referir a lugares (espaços físicos).

Obrigada, Professora...
Perguntinha... Neste caso, devo subtituir o "onde" por "cujo", "em que" ou "na qual"? Todos são mais adequados ou existe algum específico para o caso?

Depende do sentido da frase, mais provável "em que", "na qual".

Bjs.
E devagar, entre erros e acertos vamos aprendendo principalmente que manter um canal aberto de livre comunicação com os alunos cria laços que facilitam a exposição de problemas e a busca de soluções em grupo para um mesmo fim.
“A leitura de mundo precede a leitura da palavra”. Paulo Freire.

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