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quinta-feira, outubro 14, 2010

Reflexão sobre a Aula do dia 14/10.

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
Curso de Pedagogia – PARFOR – Período vespertino.
Instrumentação da Língua Portuguesa I – 1° semestre – Período vespertino.
Professora Rosana Pontes
Santos, 15 de Outubro de 2010.
LILIA FREITAS GONÇALVES
LUCÉLIA TEREZINHA AVELINO
MARIA ELIZABETE
MARIA GEANE MENEZES DA EXALTAÇÃO
PRISCILA DE ABREU SALINAS
RIVALDA BARBOSA DE ANDRADE
SANDRA LÚCIA DOS SANTOS

Reflexão sobre a Aula do dia 14 de Outubro de 2010.
A aula correu nos moldes que temos visto desde o primeiro dia de aula. Quantos aos grupos parecem estar mais unidos e descontraídos, embora o foco tenha se mantido firme na tarefa a ser executada.
Percebemos, porém, que a idéia de apenas um membro manter todas as anotações do grupo é prejudicial à coletividade, pois se determinado aluno se ausentar da aula no dia determinado o trabalho fica comprometido. (Não é isso que sugeri. Todos fazem suas anotações pessoais com quiserem. Um grupo faz um registro mais formal).
As dificuldades se mantêm no reunir o grupo extraclasse, pois municípios diferentes criam esta dificuldade, bem como o horário apertado e a conciliação do mesmo. (Por isso têm trabalhado em classe e podem trabalhar à distância via computador)
Os alunos, ou parte deles, se atrapalham com a informática, o contato com a tecnologia é precário e as exigências da inclusão ainda não é compreendida por aqueles que ainda não foram inseridos neste meio, o que tem sido constantemente pleiteado diretamente com os professores. (Fizemos uma oficina de informática em 16/10 e faremos outra em 23/10. Queremos ajudar e pedimos que os alunos com mais conhecimento ajudem seus colegas. Trata-se de mutirão de solidariedade, pois não é possível que professores fiquem excluídos digitalmente. Todos têm que entender que se trata de uma exigência do mundo e que não é um bicho de 7 cabeças. Aliás já sinto grandes progressos no grupo.)
O grupo classe também sente falta das aulas expositivas, pois há muitas dificuldades para chegar ao entendimento da matéria, visto que muitos deixaram os estudos há muito tempo o que torna ainda mais difícil aprender e apreender o conteúdo ministrado. (OK, seguirei essa sugestão).
Sentimos falta de matéria, de conteúdo, e pensamos que o objetivo despreendido com secretariados, agendas culturais, relaxamentos e afins, poderia ser melhor explicado para não transparecer como “tempo perdido”. Tendo em vista que nosso tempo é curto devido ao atraso no início das aulas e das constantes reposições um melhor aproveitamento daquele se faz necessário. (Estou mandando em anexo um artigo que escrevi, em que explico tudo isso. Gostaria que lessem, porque minha opinião é bastante otimista e, até o momento, achava que vocês estavam se desenvolvendo até mais rápido do que esperava).
Ao passo que vamos, o estudo da gramática, de gêneros textuais, e o nosso ensino/aprendizagem fica defasado, pois, muitos não têm bagagem, uma vez que nunca estiveram em uma sala de aula como professores, e,  modelos de como proceder são tão  necessários quanto exercícios. (Onde está esse buraco negro de formação? Será que martelar com gramática em detrimento de produção de texto vai cobrir essa defasagem na universidade? Não é isso que acredito como professora de língua portuguesa.)
Vemos necessidade da abordagem explicativa como complemento das demais já utilizadas, de questões melhores formuladas, e principalmente de gramática, não é possível escrever atas, reflexões e o que mais for pedido por todos os professores sem o mínimo de competência para a escrita formal. (Tenho recebido excelentes atas, excelentes reflexões. Esta, por exemplo, está muito bem escrita. Tenho me dedicado a ler e corrigir texto a texto e sou mais otimista quanto à produção do grupo, bem como muitos erros que tenho apontado já não estão sendo mais cometidos e isso considero aprendizagem). 
Segundo os pilares da educação, precisamos aprender a aprender e para ensinar essa competência precisamos aprender a ensinar. Ou seja, convém que o corpo docente mergulhe nas reais necessidades, déficits e habilidades do grupo. Para que todos os objetivos sejam alcançados.
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes processos em si, como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de aprender, de querer saber mais e melhor. (...) Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes, sensíveis às necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes apresentarem metodologias adequadas, ilustradoras das matérias em estudos e facilitadoras da retenção e compreensão das mesmas. (UNESCO)


Caros alunos,
Agradeço a excelente reflexão do grupo. E vou me esforçar para conciliar as expectativas quanto a aulas expositivas e de gramática.
Percebo que, mesmo com a leitura do texto “Ensino da língua portuguesa e contextos teórico-metodológicos” em que as propostas para o ensino da língua portuguesa se dirigem para o sociointeracionismo, com “grupos produtivos”, uns ajudando outros. E partir do ensino de textos variados para depois estudarmos a gramática, ainda sim as expectativas caminham para o conteúdo gramatical para que aprendam a escrever.
Não é isso que tenho visto nas produções textuais de vocês. Nas narrativas que elaboraram todos conseguiram escrever com competência, dentro do gênero textual proposto. A dissertação é um gênero mais difícil, por isso faremos uma discussão melhor sobre. Os problemas gramaticais já identifiquei para que possamos discuti-los em aula, como está previsto no Plano de Ensino da disciplina. Verifiquem no Plano de Ensino o nome da gramática que devem adquirir para estudo.
Avalio que estão “aprendendo a aprender” sim, uma vez que nessa perspectiva o aluno não pode ser passivo e sim desenvolver autonomia, até para superar suas defasagens com estudo e dedicação.
Não se preocupem, vamos estudar gramática sim, mas conteúdos já tiveram bastante e têm que processá-lo.
Obrigada, vocês estão me ajudando com as reflexões a entender as expectativas do grupo-classe e até reformular as atividades.
Rosana

É, professora... eu estava cansada de ouvir reclamações sem representações formais... Não me arrependo nem um pouco de ter redigido essa reflexão dessa maneira. Com esse canal aberto de comunicação essa relação professor-aluno ficou mais forte do que nunca. É incrível o desenvolvimento da sala, não só intelectual e profissional, mas humano, principalmente. Percebo que não se aje mais só por si, mas para o grupo, ao auxiliar o colega nos trabalhos ou até mesmo nas dificuldades do dia-a-dia aprendemos mais do que com livros e cadernos. A inclusão tecnológica foi um sucesso e podemos ver vários colegas que nunca antes tinham ao menos manejado um computador com o seu próprio.

"Não cheira chulé, titia, cheira flor..." hahaha.. Adooooooro pé...

A alfabetização emocional também foi um sucesso, lidar com nossos próprios medos e dúvidas, encarar o desconhecido e não temê-lo ou melhor, temê-lo e vencê-lo, ver o professor e a relação com ele se desevolver tão satisfatóriamente e desenvolver a empatia e até a simpatia pelos colegas de classe e de trabalho em tão curto período de tempo foi vital para a nosso aprendizado. Urge a necessidade de crescimento pessoal na educação, as pessoas se estacionam numa pedagogia antiga e nem se abrem para novas formas de ensinar nem se permitem crescer emocionalmente, coisas que tivemos que aprender e apreender se quiséssemos vencer os obtáculos que enfrentamos.
Mais do que tudo, não tivemos apenas aulas de como escrever, ler ou ensinar... aprendemos principalmente a importância da relação professor-aluno para um aprendizado significativo e que existe sim uma maneira de ensinar crescendo junto com os nossos alunos e por mais difícil que seja o começo o fim é que vale o trabalho duro.

Não havia ainda visto a união de todos os 4 pilares da educação num só projeto... e a melhor parte de ver é perceber que sim, é possível aplicá-los. Aprendemos a aprender, coisas que não nos permitíamos aprender, que não julgávamos necessário. Aprendemos a ensinar e a crescer com o aluno mantendo aberto um livre canal de comunicação com eles. Aprendemos a conviver, pois sem esse aprendizado seria impossível conciliar os gurpos produtivos de trabalho no qual nos esforçamos tanto. E, finalmente, aprendemos a ser, pois só se ensina e se educa pelo exemplo, e isso nós temos de sobra.
Valeu, professora... por guiar os nossos passos...

Joãozinho aos 5 meses de vida... anjo meu, vida minha...

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. UNESCO: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Educação: um tesouro a descobrir. "Os quatro pilares da educação” Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Quatro_Pilares_da_Educa%C3%A7%C3%A3o >. Acesso em: 15 out. 2010.

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