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quarta-feira, junho 08, 2011

COMO ELABORAR RESUMOS TÉCNICOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS


INSTRUMENTAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA II



COMO ELABORAR RESUMOS TÉCNICOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS



“O Resumo em questão consiste na apresentação concisa do conteúdo de um trabalho de
cunho científico (livro, artigo, dissertação, tese, etc.) e tem a finalidade específica de passar
ao leitor uma ideia completa do teor do documento analisado, fornecendo, além dos dados
bibliográficos do documento, todas as informações necessárias para que o leitor/pesquisador
possa fazer uma primeira avaliação do texto analisado e dar-se conta de suas eventuais
contribuições, justificando a consulta do texto integral.

O que deve conter um Resumo? Atendo-se à ideia central do trabalho, o Resumo deve
começar informando qual a natureza do trabalho, indicar o objeto do trabalho, os objetivos
visados, as referências teóricas de apoio, os procedimentos metodológicos adotados e as
conclusões/resultados a que se chegou no texto. Responde assim às questões: De que
natureza é o trabalho analisado (pesquisa empírica, pesquisa teórica, levantamento
documental, pesquisa histórica etc.)? Qual o objeto pesquisado/estudado? O que se
pretendeu demonstrar ou constatar? Em que referências teóricas se apoiou o
desenvolvimento do raciocínio? Mediante quais procedimentos metodológicos e técnico-
operacionais se procedeu? Quais os resultados conseguidos em termos de atingimento dos
objetivos propostos?”



SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 21ª ed. São Paulo, SP:
Cortez Editora, 2000. p. 173-174.





INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RESUMOS

(Conforme organizadores da V Mostra de Pesquisa em Educação na UNISANTOS)





Título em negrito e com letras maiúsculas centralizado. Deixar uma linha em
branco após os autores. O resumo não deve exceder o limite de 2.000 caracteres;
descrever sucintamente a introdução, os objetivos e métodos; não introduzir
citações bibliográficas no texto. O resumo deverá ser digitado, sem parágrafos,
sendo a página configurada para A4, margens de 2,0 cm. O texto deverá usar
fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, espaçamento simples e justificado.
(VIDE EXEMPLO).




Exemplo 1:



ESTRATÉGIAS COLABORATIVAS DE ENSINO NA
UNIVERSIDADE: POSSIBILIDADES A PARTIR DA

PESQUISA-AÇÃO



Rosana Aparecida Ferreira Pontes

Universidade Católica de Santos



RESUMO



Este trabalho tematiza a formação inicial de pedagogos do curso de Pedagogia
(PARFOR), na disciplina de Instrumentação da Língua Portuguesa I, na UNISANTOS.
Tem por objetivo analisar possibilidades de se utilizar estratégias da pesquisa-ação
como forma de criar um espaço de interação, participação e partilha de
conhecimentos, no contexto da sala de aula na universidade. No intuito de
compreender quais são essas possibilidades, apresenta as estratégias colaborativas
de ensino utilizadas, em que os educandos, organizados em “grupos produtivos”,
intercalam-se na execução de tarefas; desempenham papéis na aula como
participantes ativos no planejamento, gestão e avaliação do processo de ensino e
aprendizagem; concomitantemente, aprendem a refletir, pesquisar e desenvolver a
criticidade, em ciclos de ação-reflexão-ação, conforme pressupostos da pesquisa-
ação. As estratégias colaborativas são desenvolvidas em três dimensões: discussão
sobre a aula na universidade; o trabalho com “grupos produtivos”; o ensino da língua
portuguesa. O trabalho com “grupos produtivos”, fundamentado em Vygotsky, e com
estratégias da pesquisa-ação, fundamentado em Franco, conclui com a seguinte
reflexão: as estratégias colaborativas de ensino têm se configurado como processo
partilhado de produção de conhecimento para os futuros pedagogos, à medida que, de
modo participativo e solidário, tornam-se protagonistas das aulas, construindo-se
como autores da sua história e formação.

Palavras-chave: estratégias colaborativas, pesquisa-ação, universidade.




Exemplo 2:

PESQUISA-AÇÃO EXISTENCIAL: SUA CONTRIBUIÇÃO AO TRABALHO
DOCENTE.

Ângela Cancherini

Universidade Católica de Santos – Unisantos



Resumo

Neste trabalho, pretende-se situar a pesquisa-ação existencial enquanto opção
metodológica para o trabalho docente. Trata-se da busca pela síntese, com
vistas a uma escolha metodológica que atenda às necessidades prementes da
educação. Esse estudo é fundamentado em René Barbier, idealizador da
pesquisa-ação existencial. Franco, Triviños, Tripp e Luna foram leituras que
permitiram complementar e ampliar a visão sobre a metodologia. Os estudos
de René Barbier incluem conceitos como o de Multirreferencialidade, de
Ardoino e colaboradores, ao qual se faz breve menção. As idéias sobre
processo de subjetivação estão referendadas por Vieira Pinto. Entender de que
forma se constroem as razões, intenções da consciência, requer uma escuta
sensível capaz de derrubar barreiras sociais e morais, vencer preconceitos,
sentir-se no lugar do outro, sem, no entanto, perder-se de si. Requer um
envolvimento que implica a si mesmo e, desta forma, ao sentir-se
comprometido, compromete o outro. Requer saber ler com sensibilidade as
questões alheias. Considerando que tais necessidades incorrem num processo
delicado e diferenciado é que a questão existencial tomou vulto e se
materializou na opção metodológica referenciada. Esta investigação permitiu
indicar que a metodologia da pesquisa-ação existencial pode agregar algum
sentido à prática docente uma vez que suas premissas pensam uma ação
consciente, que tem um tempo e uma complexidade a serem consideradas, e
exigem uma profunda implicação entre pesquisador e grupo. Talvez seja uma
escolha privilegiada para a educação, pois parte da prática docente, através
dos próprios docentes, em direção à práxis.

Palavras-chave: pesquisa-ação, processos subjetivos, existência.




Exemplo 3:

O PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO DA
LEITURA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PEDAGOGOS



Lucélia Terezinha Avelino

Universidade Católica de Santos - PARFOR



RESUMO

O presente projeto de pesquisa tem por objetivo principal conhecer as
contribuições do portfólio de formação para o desenvolvimento de habilidades
de leitura dos pedagogos em formação no curso de Pedagogia PARFOR, na
UNISANTOS. O portfólio foi adotado como estratégia reflexiva de formação
docente inicial na disciplina de Instrumentação da Língua Portuguesa I, em
processo de pesquisa-ação. Será analisado em busca das reais possibilidades
que esse instrumento pode oferecer para o desenvolvimento de seus autores.
Os dados da análise serão as produções de leitura e compreensão de textos,
bem como as avaliações escritas pelos sujeitos da pesquisa sobre os
benefícios vivenciados. A pesquisa caminhará na direção da investigação
qualitativa, fundamentada em Bogdan. Os autores que embasam o estudo
sobre portfólios são Anastasiou e Alves e Chaves. Como esteio para análise da
leitura, sob uma perspectiva filosófica, será utilizado Nietsche. Dentre os
resultados a serem alcançados, a investigação estará atenta para o fato de
como o grupo criou situações de partilha de saberes perante uma dificuldade
unânime dos alunos: a leitura dos textos acadêmicos propostos.



Palavras-chave: portfólio, formação docente inicial, habilidades de leitura.






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